segunda-feira, 15 de julho de 2013

POR QUE OS ADVOGADOS SÃO TÃO INFELIZES


 
 
A advocacia é uma profissão prestigiada e bem remunerada, e as salas de aula das faculdades de direito estão cheias de novos alunos.  Em recente pesquisa, porém, 52 por cento dos advogados praticantes se disseram insatisfeitos. O problema não é financeiro, com certeza.  A partir de 1999, nos Estados Unidos, os associados (jovens aspirantes à sociedade em escritórios de advocacia) tendo rendimento de até 200 mil dólares por ano, só para começar, e os advogados há muito superaram os médicos como profissionais mais bem pagos.  Além do desencanto de que padecem, os advogados têm a saúde mental nitidamente comprometida.  Estão muito mais propensos à depressão do que a população em geral.

 

Pesquisadores da Johns Hopkins University encontraram uma elevação estatisticamente significativa de desordem depressiva importante em apenas três de 104 ocupações pesquisadas.  Quando os resultados foram agrupados de acordo com a sociodemografia, porém, os advogados ficaram com o primeiro lugar, sofrendo de depressão em um nível de 3,6 vezes mais alto do que todos aqueles que tinham um emprego.  Os advogados também sofrem mais de alcoolismo e dependência de drogas ilegais do que praticantes de outras profissões.  O índice de divórcios entre advogados, sobretudo mulheres, também se mostra mais alto do que entre outros profissionais.  Assim, qualquer que seja a medida adotada, os advogados personificam o paradoxo do dinheiro perdendo o poder: são os profissionais mais bem pagos e, no entanto, não são felizes nem saudáveis.  E eles sabem disso; muitos estão se aposentando mais cedo e outros, deixando a profissão.

 

A Psicologia Positiva considera três as causas principais do baixo estrado de ânimo entre os advogados.  A primeira é o pessimismo, definido não no sentido coloquial (ver o copo meio vazio), mas no estilo de explicação pessimista. Esses pessimistas tendem a atribuir a causa de eventos negativos a fatores estáveis e globais ( “Vai durar para sempre e vai contaminar tudo”). O pessimista considera os maus eventos penetrantes, permanentes e incontroláveis, enquanto o otimista os considera localizados, temporários e mutáveis.

 

Assim, os pessimistas são perdedores em várias frentes.  Mas existe uma brilhante exceção; os pessimistas se dão melhor no direito.  Contrastando nitidamente com os resultados de estudos anteriores em outras áreas, os pessimistas estudantes de direito, em média, tiveram desempenho melhor em medidas tradicionais de realização do que seus colegas otimistas.

 

Entre os advogados, o pessimismo é visto como vantagem porque, ao considerar os problemas como penetrantes e permanentes, estão atendendo ao que os meios jurídicos chamam de prudência. Uma perspectiva prudente permite ao bom advogado enxergar todas as armadilhas e catástrofes possíveis em uma determinada transação. A capacidade de antever problemas e deslealdades, impossível a um otimista, é altamente útil ao advogado , que, assim, pode ajudar o cliente a se defender dessas eventualidades improváveis.  Assim como prevêem resultados negativos para o cliente, prevêem resultados negativos para si mesmos.  Os advogados pessimistas são mais propensos a acreditar que não vão conseguir arranjar uma companheira, que sua profissão é uma máfia, que a esposa é infiel ou que a economia caminha para o desastre. Desse modo, o pessimismo, tão útil à profissão, traz com ele alto risco de depressão na vida pessoal.

 

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Fonte: Excertos de Felicidade autêntica: Usando a nova psicologia para a realização permanente / Martin E. P. Seligman / Rio de janeiro: Objetiva, 2009

 

 

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